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Deputados evangélicos protestam contra o uso de símbolos religiosos em parada gay


Deputados federais, principalmente os ligados à bancada evangélica, protestaram, nesta quarta-feira (10/6), no plenário da Câmara – um espaço que deveria ser de laicidade – contra o uso de símbolos religiosos em paradas gay, como a do último domingo (7), em São Paulo, na qual uma transexual se pôs diante de uma cruz para comparar o sofrimento de homossexuais ao de Jesus Cristo.

“Afrontar as crenças de milhares de brasileiros não assegura a ninguém o direito de ser igual. Não é pela força que se defende ideias, mas com a força dos argumentos. Não nos calaremos diante da atitude de intolerância”, expressou o deputado federal João Campos (PSDB-GO), quem outrora tentou fazer o país engolir um projeto de 'cura gay', o tal Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 234/2011, que foi arquivado após a onda de protestos que tomou conta do Brasil em 2013.

“É dinheiro público patrocinando a intolerância”, criticou o parlamentar, que também é  pastor e coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, em alusão aos patrocínios e/ou apoio dos governos federal, estadual e municipal de São Paulo, e da Petrobras.

Na última segunda-feira (8), o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) apresentou o Projeto de Lei nº 1.840/2015, que transforma em crime hediondo a intolerância religiosa, cuja pena poderia chegar a 8 anos de prisão. Para ele, o uso de símbolo religioso para tal tipo de atividade seria uma 'blasfêmia'.

O Artigo 208 do Código Penal (Lei nº 2.848/1940) pune com multa e/ou detenção de até um ano para os casos de impedimento, perturbação e zombaria a cultos religiosos e/ou seus símbolos.



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